Mais conhecido pela sua faceta de performer e artista plástico e visual, Nástio Mosquito apresenta no dia 13 de Março, na Fnac Chiado, o seu álbum musical “Se Eu Fosse Angolano”.
Natural do Huambo (Angola), onde nasceu em 1981, Nástio Mosquito tem-se revelado um dos mais originais e bem sucedidos jovens artistas plásticos angolanos, tendo exposto o seu trabalho um pouco por todo o mundo. Barcelona, Berlim, Londres (Tate Modern), Minneapolis, Tóquio, Veneza (Bienal), Nova Iorque, São Paulo e Luanda já viram as suas criações. No Museu Berardo, em Lisboa, integrou a colectiva No Fly Zone, dedicada à nova arte angolana.
Mas a música há muito que faz parte do seu universo artístico, quer através de performances, quer de registos como “Deixa-me Entrar”, EP lançado em 2012. Nástio, porém, considera “Se Eu Fosse Angolano” como o seu verdadeiro primeiro álbum. Uma viagem muito pessoal e de difícil classificação (será necessário?) por diversos ambientes sonoros, que exploram de forma original e contemporânea temas clássicos e intemporais como a pátria, a religião, o amor, o racismo ou a escravatura. Em registo quase falado (em jeito de spoken word) ou em interpretações mais melódicas e emocionais, “Se Eu Fosse Angolano” convoca sonoridades angolanas (semba, kizomba, kuduro) de forma ora subtil, ora desconcertante, mas combina-as com incursões noutros territórios sonoros, por vezes dominados por beats sincopados. Sempre ancorados em palavras poderosas. Na música de Nástio Mosquito, a palavra está no centro de tudo.
O disco é o resultado do regresso de Nástio Mosquito a Angola, depois de passagens por Lisboa (onde estudou) e por Londres. Uma forma de acertar passo com o país, com o mundo inteiro na bagagem. O álbum contou com a colaboração do designer espanhol Vic Pereiró, na área gráfica e audiovisual.
Quando: quinta-feira, 13 de Março de 2014, 18h30
Onde: Fnac Chiado, Armazéns do Chiado, Lisboa
Quanto: entrada livre.