
Está aí mais uma edição do Doclisboa, o maior festival internacional de cinema documental da capital portuguesa.
Entre 16 e 26 de Outubro, serão exibidos cerca de 250 filmes em diversas salas de Lisboa e de Almada, num extenso programa que inclui igualmente inúmeras actividades paralelas, de workshops a debates, passando por festas e masterclasses.
África vai marcar mais uma vez presença nesta 12.ª edição do festival.
Aqui ficam os nossos destaques:
(estreia mundial)
Realização: Pilar Monsell
2014 / ESPANHA / 66’
Exibições: 17 OUT / 19.30, CULTURGEST – GRANDE AUDITÓRIO; 22 OUT / 18.45, CULTURGEST – PEQUENO AUDITÓRIO
Mergulhando no arquivo fotográfico e nos diários do pai sobre a sua experiência durante o serviço militar na colónia espanhola do Saara, em 1964, a realizadora localiza o paraíso perdido onde ele regressaria, nos anos 1980 e 90, após o falhanço do seu projecto familiar. Mas todas estas viagens revelam muito mais do local de partida do que do local de destino.
Realização: The Otolith Group
2013 / REINO UNIDO / 34’
Exibições: 17 OUT / 19.45, CINEMA IDEAL; 20 OUT / MEIA‑NOITE, CINEMA IDEAL
O filme vai buscar o nome à descida da temperatura que ocorre a cada onze anos à superfície do sol. Entre Novembro de 1964 e Novembro de 1965, os estados-nação do mundo emitiram selos de correio para comemorar a primeira expedição científica para estudar o sol. Quando os selos se voltavam para o céu, ignoravam a terra instável dos estados recém-independentes de África.
Realização: Narimane Mari
2013 / ARGÉLIA / 84’
Exibições: 18 OUT / 19.15, C. CITY CAMPO PEQUENO – SALA 3; 26 OUT / 16.15, CULTURGEST – PEQUENO AUDITÓRIO;
17 miúdos pilham o exército francês, enquanto este dispara sobre a Organization de l’Armée Secrète: óleo, chocolate, semolina, açúcar e até um prisioneiro condenado a comer feijão. Mas a guerra apanha a bela aventura e os feijões ficam manchados de sangue. Através da imaginação transgressora e poderosa das crianças, o filme conta o fim da guerra da Argélia.
Realização: Teboho Edkins
2013 / FRANÇA / 38’
Exibições: 19 OUT / 16.30, SÃO JORGE – SALA 3; 21 OUT / 16.30, CULTURGEST – GRANDE AUDITÓRIO
Durante uma sessão de casting na África do Sul, Teboho Edkins pede a criminosos verdadeiros para subirem ao palco e interpretarem a sua vida quotidiana.
Les Statues meurent aussi / Statues also die
Realização: Chris Marker, Alain Resnais
1953 / FRANÇA / 30’
Exibições: 26 OUT / 16.15, CULTURGEST – PEQUENO AUD.
Consagrado à arte africana, é também um filme sobre as devastações do colonialismo em África e a luta de classes, que explica e nos faz sentir como a beleza e o mistério do que na altura se chamava arte negra foram adulterados. O filme prova, como dizia Marcel Graule, que o pensamento africano está “à altura das civilizações grega, romana, chinesa ou da Índia”.
Entrada: bilhete normal avulso: 4 Euros (com excepção das sessões na Cinemateca Portuguesa: 3,20 Euros). Existem vários descontos.