A 14.ª edição do Alkantara Festival – Festival Internacional de Artes Performativas está quase a acabar, mas ainda há tempo para ver muitos espectáculos neste que é considerado um dos mais importantes festivais de artes performativas do país.
Aqui ficam os nossos destaques:

É possível conciliar a dança e a espiritualidade? Taoufiq Izeddiou responde de forma magistral a esta questão utilizando a primeira para evocar a segunda. O coreógrafo marroquino interroga-se sobre essa força extraordinária que permite a alguns aceder a uma sabedoria que atravessa os séculos e a outros mergulhar numa violência cega em nome de um ideal intangível. En Alerte constrói-se sobre três alicerces: a lembrança (a sua primeira dança, aos 5 anos, que foi também o seu primeiro contacto com a espiritualidade), a voz (que canta, que fala, que se exprime em várias línguas) e a religião (como uma resposta rápida aos nossos medos e em nítida oposição com a espiritualidade, que é uma conquista a longo prazo). Três pontos de partida para transformar essa pesquisa espiritual numa coreografia de movimentos e de sons.
TER 7 e QUA 8 JUNHO – 21H
Teatro Municipal São Luiz, Sala Principal
Entrada: 12€ e 15€
55, como os 55 minutos de um espetáculo de arquitetura construído a partir do número cinco e das medidas do corpo do bailarino. Primeira criação de Radouan Mriziga, 55 é um exemplo perfeito da forma como o bailarino e coreógrafo nascido em Marraquexe, forma- do pela P.A.R.T.S., transformou as influências híbridas da sua dança numa linguagem única e pessoal, situada algures entre a sobriedade e a sensualidade, entre a concetualização e a fisicalidade, entre o estrutural e o sentimental.
Mriziga usa o próprio corpo para criar um padrão no chão. Um padrão cujos contornos surgem inevitavelmente da relação entre a anatomia e o espaço. Mas aqui a concepção racionalista de que less is more não é incompatível com o deleite estético e emocional associado ao ornamento.
QUA 8 e QUI 9 JUNHO – 19H
Teatro Municipal São Luiz, Jardim de Inverno
Entrada: 12€
SAB 11 JUNHO – 19H (inserido nas Festas de Lisboa 2016)
Jardim do Torel
Bubas Faray cresceu no extinto bairro de Francos (2F) na Linha de Sintra e a sua base actual é o Pendão em Queluz. Já foi bailarino de kuduro e nos últimos três anos tem-se dedicado ao afrotechno como deejay e produtor.
Afrotxilo, composto por Bolicao, Papoite Mindao, Selma e Valdo, foi criado por Bolicao e Mindao em 2012. A ligação entre estes quatros jovens é o gosto pela cultura africana, o kuduro e afrohouse. Com a dança o grupo pretende transmitir um pouco da cultura africana, a energia e a alegria do povo angolano.
Evento integrado no programa ZONA/SUB/CENTRAL: Três quintas à noite, três oportunidades para descobrir a cena musical emergente das periferias de Lisboa, onde os novos géneros são inventados a cada semana.
QUI 9 JUNHO – 23:59H
Teatro Municipal São Luiz, Sala Mário Viegas
Entrada livre
+ info sobre o Alkantara Festival