O Atelier Aberto, de facto, abriu suas portas, desde 10 de fevereiro, para três grandes artistas moçambicanos apresentarem suas obras ao público lisboeta: Malangatana, Samate e Malenga.
Malangatana Valente Ngwery (1936-2011) era de Matalana, distrito de Marracuene. Começou a pintar cedo e vendeu seus primeiros quadros há mais de 50 anos. Além da pintura, o artista desenvolveu trabalhos em cerâmica, tapeçaria, gravura e escultura, além de ser poeta, ator, dançarino, filantropo e investiu até na área política, sendo deputado pelo partido FRELIMO. Em 1997, recebeu pela Unesco a nomeação de “Artista pela paz”. Aprendeu a pintar com Augusta Cabral e, desde então, produziu pinturas em diversos temas: acontecimentos do mundo, cenas do cotidiano e, em seus últimos anos, ousou em uma temática mais sensual.
Já Samate Mulungo (1939-), nasceu em Xipamanine, Maputo e foi autodidata, iniciando suas pinturas aos 13 anos de idade. Com telas exibindo cores fortes e vibrantes, linhas marcantes em tons de preto, Samate retratou o cotidiano. Ganhou o 1° Prêmio de Pintura dos Caminhos de Ferro de Moçambique, em 1962.
E o terceiro artista convidado é Malenga. Simao Williamo nasceu em Shikalanga, na província de Cabo Delgado. Teve contato desde pequeno com a arte, música, dança e toda cultura makonde. Foi apenas em 2002 que se torna artista profissional, dedicando-se a pintura, escultura e música. Cinco anos depois, recebe bolsa de estudos do Centro de Artes e Comunicação Visual de Lisboa. Suas pinturas apresentam pinceladas fortes e marcantes, trabalhadas em diferentes direções em cores como azul, amarelo, vermelho e preto.
Uma exposição imperdível.
Informações úteis
Onde: Atelier Aberto – Rua São João da Mata, 59 – Lisboa
Quando: A partir de 11 de fevereiro
Quanto: entrada livre